Baixa renda deve continuar impulsionando mercado imobiliário em 2011

15/12/2010 17:09

A população de baixa renda devem continuar impulsionando o mercado imobiliário em 2011, segundo análise do presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), João Crestana.

De acordo com ele, o mercado focado para esta faixa de renda deve crescer entre 5% e 10% no próximo ano. Dentre os motivos para a alta, explica, estão a maior agilidade no crédito e o fato das empresas se voltarem para esta camada da população.

“No geral, o ano de 2011 deve ser parecido com 2010, com crescimento do setor voltado para a classe média e baixa; e estabilidade nos preços e vendas de imóveis destinados à classe média alta e mercado de luxo”, diz Crestana.

Minha Casa, Minha Vida
Além disso, as condições favoráveis do crédito e o próprio deficit habitacional devem impulsionar as famílias com menor poder aquisitivo a adquirirem a casa própria, sendo este fato, inclusive, mais importante para que as empresas continuem investindo neste segmento do que o programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida.

“O Minha Casa, Minha Vida é muito importante, mas as condições do crédito e o deficit devem impulsionar a demanda de uma parte da população que não se encaixa no perfil de imóveis do programa”, completa Crestana,

Crédito imobiliário
Ainda sobre o assunto, o presidente do Secovi-SP diz que o ano de 2010 consolidou a saída da crise e concretizou os financiamentos que já vinham sendo produzidos ou comercializados desde 2007. Isso porque, diz ele, acompanhando o que já vinha ocorrendo, neste ano o crédito imobiliário floresceu.

“O crédito imobiliário revigorou nos últimos dez anos (…) Contudo, é preciso pensar em novos meios de se obter recursos porque os atuais são limitados”, disse

Neste sentido, durante participação na mesa-redonda “Perspectivas para o Brasil em 2011 e tendências do setor imobiliário”, o presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), Luiz Antonio Nogueira de França, concorda e diz que o desafio é encontrar alternativas que permitam que a prestação caiba no bolso do comprador.

França estima ainda que, em 2014, o crédito pode chegar a 11% do PIB (Produto Interno Bruto) e projeta crescimento de 50% nos financiamentos imobiliários sobre os atuais R$ 75 bi a R$ 80 bi.

Fonte: InfoMoney